sábado, 31 de julho de 2010

Cabeça de Toiro Reserva 2007 (Tinto)

Região: Tejo
Produtor: Enoport
Castas: Touriga Nacional, Castelão
Custo: € 5,99
Álcool: 13,5%
Vertido na folha: Límpido, denso, de cor vermelho-violeta. Aroma intenso a violetas, alguma resina e mato. A boca apresenta uma certa ambivalência amarga/doce, com notas vegetais e especiadas da madeira e alguma secura num final de boca de persistência média. Vinho de perfil gastronómico. Apreciado no Wine Meeting at Monteiro’s Valente em Julho de 2010.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Serra Mãe Reserva 2005 (Tinto)

Região: Setúbal
Produtor: Sivipa
Castas: Castelão
Custo: € 3,99
Álcool: 13,5%
Vertido na folha: Límpido, denso, de cor rubi fechado. Aroma complexo e de alguma intensidade a fruta vermelha, especiarias e flores. A boca é harmoniosa, surgindo primeiro a fruta, depois as sensações vegetais e o final tem persistência média/longa com notas de barrica e alguma secura. É um vinho gastronómico e uma boa surpresa (também pelo preço) de um Palmela já com alguns anos e que se mostra em boa forma. Vende-se no Jumbo. Medalha de Ouro no Vinalies-Internationales 2010. Apreciado no Wine Meeting at Monteiro’s Valente em Julho de 2010.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Adega de Pegões Colheita Seleccionada 2009 (Branco)

Região: Setúbal 
Produtor: Adega de Pegões
Castas: Arinto, Chardonnay, Antão Vaz
Custo: € 2,98
Álcool: 12,5%
Vertido na folha: Cor citrina cristalina. Aroma delicado de média intensidade, com notas de frutos exóticos e tropicais, cítricos, algum perfume floral e especiados da madeira. A boca mantém o perfil a que se junta uma certa untuosidade cortada por boa acidez, num todo equilibrado e de média/longa persistência. Aposta segura para qualquer estação do ano. Relativamente a anos anteriores, surge com menos álcool e aparentemente um pouco menos encorpado. Apreciado no Wine Meeting at Monteiro’s Valente em Julho de 2010.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Casa Cadaval Vinha Padre Pedro 2009 (Branco)

Região: Tejo
Produtor: Casa Cadaval
Castas: Arinto e Viognier
Custo: € 3,50
Álcool: 12,5%
Vertido na folha: Límpido, denso, de cor citrina. Aroma generoso a frutos tropicais (maracujá, ananás), maçã, pêssego e toque cítrico. Na boca continuam os aromas do nariz, destacando-se a boa acidez e média persistência que tornam o conjunto bastante fresco e prazenteiro. Vende-se nas grandes superfícies. Apreciado no Wine Meeting at Monteiro’s Valente em Julho de 2010.

domingo, 25 de julho de 2010

Quinta do Encontro Bical 2009 (Branco)

Região: Bairrada
Produtor: Global Wines
Castas: Bical
Custo: € 3,50
Álcool: 12,5%
Vertido na folha: Límpido, fluido, de cor citrina. Aroma de média intensidade a fruta branca, toques limonados e algum ananás. Boca ligeira com notas de maçã verde e ligeiro fruto tropical, termina um pouco curto. Companheiro de Verão, mas para o preço há outras opções no mercado com melhor prova. Apreciado no Wine Meeting at Monteiro’s Valente em Julho de 2010.

sábado, 24 de julho de 2010

Singularis by Paulo Laureano 2008 (Branco)

Região: Alentejo
Castas: Antão Vaz e Arinto
Custo: € 6,99
Álcool: 13,5%
Vertido na folha: Límpido e denso, de cor palha-dourado. Destacam-se os aromas resinosos e tostados da madeira com alguma maçã verde. A boca mantém o perfil, a que se acrescentam as notas minerais, gordura de fruto seco e um toque de baunilha num final fumado, equilibrado e de persistência longa. Um vinho que parece saído da Quinta das Bágeiras na Bairrada… Não é um branco de agrado democrático mas bastante cordial para mim. Apreciado no Wine Meeting at Monteiro’s Valente em Julho de 2010.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Fiúza Três Castas 2009 (Branco)

Região: Tejo
Produtor: Fiúza e Bright
Castas: Chardonnay, Arinto, Vital
Custo: € 3,50
Álcool: 13%
Vertido na folha: Límpido, de cor citrina, alguma borbulha. Aromas simples de intensidade média com notas cítricas e maçã. Boca de média intensidade, cítrica com alguma fruta mais madura. Termina algo curto ao fruto mas é um vinho capaz de um acompanhamento agradável à mesa. Vinho típico de prateleira de supermercado. Apreciado no Wine Meeting at Monteiro’s Valente em Julho de 2010.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Prova Régia 2009 (Branco)

Região: Bucelas
Produtor: Companhia das Quintas
Castas: Arinto
Custo: € 2,99
Álcool: 12,5%
Vertido na folha: Cor citrina, cristalina. Aromas citrinos típicos da casta, fruta madura e ligeiro fruto tropical. Bom volume de boca, sensações citrinas e fruta agradável, termina muito fresco e com boa persistência. É um clássico dos bons vinhos portugueses, companheiros de mesa e de consistência qualitativa ano após ano. O preço indicado refere-se ao que é encontrado normalmente nas grandes superfícies. Apreciado em Julho de 2010.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Solar dos Lobos Colheita Seleccionada 2005 (Tinto)

Região: Alentejo
Produtor: Lobo da Silveira
Castas: Trincadeira, Aragonês, Cabernet Sauvignon, Touriga Nacional 
Custo: € 4,99
Álcool: 14%
Vertido na folha: Límpido, de cor ruby-acastanhado aberta. No nariz surge a fruta em passa, resinosos e alguma evolução. A boca é relativamente discreta, algo magra, com notas vegetais e final com alguma secura e notas de barrica com média persistência. Comprado no Intermarché em promoção custou, na prática, €1,25. Óptimo vinho a este preço, já para o preço normal há outras muito boas escolhas no mercado. Pelo que li na literatura especializada, houve um salto qualitativo nos vinhos da colheita de 2007. Apreciado em Julho de 2010.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Quinta da Alorna Arinto Chardonnay Reserva 2009 (Branco)

Região: Tejo
Produtor: Quinta da Alorna
Castas: Arinto, Chardonnay
Custo: € 5,49
Álcool: 13,5º
Vertido na folha: Amarelo pálido. Aroma de intensidade média a fruta (ananás, maçã, pêra) com tostados da madeira. Entrada ligeira na boca, fluido, abre posteriormente com as notas do nariz, algum citrino e toque amanteigado. Final de persistência média a fruta e especiado de barrica. Vinho equilibrado nas suas componentes, bom para a mesa a acompanhar umas postas de peixe do mar com molho leve. É um vinho cordial, que prima mais pela elegância que pelo vigor. Comprado no Jumbo e apreciado em Julho de 2010.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Dona Ermelinda 2009 (Branco)

Região: Setúbal
Produtor: Casa Ermelinda Freitas
Castas: Fernão Pires, Arinto, Chardonnay
Custo: € 3,99
Álcool: 13,5%
Vertido na folha: Límpido, de cor citrina. O nariz é bastante frutado com citrinos (toranja?) e leve toque tropical. A fruta surge com média intensidade na boca, acompanhada de alguma untuosidade que o torna aveludado. O final é fresco, com persistência média. É companheiro de Verão. Medalha de Ouro no Concurso Mundial de Vinhos Bruxelas 2010. O preço é o encontrado nas grandes superfícies. Apreciado em Julho de 2010.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Quinta do Infantado Vintage 2007 (Porto)

Região: Porto
Produtor: Quinta do Infantado 
Castas: Várias 
Custo: € 19,90
Álcool: 19,5º
Vertido na folha: Púrpura muito escuro. Fruta madura silvestre, flores e vegetal no nariz. Mantém perfil na boca, sentem-se os taninos vivos, alguma especiaria mas não é muito complexo. O final apresenta notas de cacau e fruta vermelha bem evidente (essencialmente cereja). Boa prova em novo, não me parece que seja daqueles que foram feitos para guardar muitos anos. À falta de queijo azul e de ovelha, acompanhei-o com um S. Jorge (cura de 7 meses) e a combinação convenceu. À venda no Jumbo ao preço indicado. Apreciado em Julho de 2010.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Pingo Doce Alvarinho 2009 (Branco)

Região: Verde
Produtor: Anselmo Mendes Vinhos, Lda
Castas: Alvarinho
Custo: € 3,98
Álcool: 12,5%
Vertido na folha: Amarelo citrino. Fruta branca, floral e alguma tropicalidade no nariz. A boca acompanha o nariz, vinho directo, franco, muito fresco e final com boa persistência. É um óptimo vinho para esta estação do ano, fresco e com boa aptidão à mesa para marisco. Apreciado em Julho de 2010.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Quinta dos Carvalhais Encruzado 2008 (Branco)

Região: Dão
Produtor: Sogrape
Castas: Encruzado
Custo: € 12,0-16,00
Álcool: 14,0%
Vertido na folha: Amarelo de média intensidade. Nariz exuberante com fruta generosa (maçã reineta, pêssego verde e tropicais) e algumas notas tostadas. Boca encorpada, com notas de barrica e amendoadas acompanhados de alguma untuosidade cortada por acidez citrina vibrante. O final é muito longo e saboroso. É um Encruzado típico, com alma, e que merece guarda.  Recomendo vivamente. Apreciado em Julho de 2010.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Wine Meeting at Monteiro Valente's (10 Julho 2010)

No dia 10 de Julho de 2010 reuniram-se onze paineleiros e respectiva descendência em casa da família Monteiro/Valente com o objectivo de se proceder a uma prova cega de vinhos que se pretendia despretensiosa e informal. Após o convite inicial dos anfitriões, depressa o entusiasmo cresceu e o evento foi sendo preparado com requintes de profissionalismo a que só faltou a presença das entidades vitivinícolas nacionais para certificar o acontecimento. Os onze paineleiros, seis homens e cinco mulheres, contribuíram cada um com uma garrafa de vinho. Ao todo foram reunidas onze garrafas, cinco vinhos brancos e seis tintos, que foram provados às cegas e acompanhados com bolachas de água e sal e água S. Pellegrino. Para ensopar o líquido, não faltou a típica gastronomia nacional em reuniões de convivas em tempo de verão (febras, enchidos, pão e queijo) e outros mimos.
O anfitrião preparou uns sacos de plástico cinzento a que deu forma de preservativo para tapar as garrafas. O rigor profissional foi tanto que os havia de dois tamanhos, um para as garrafas bordalesas e outro para as  garrafas borgonhesas. Os convivas, à medida que foram chegando, tiveram a preocupação de ensacar as garrafas para que mais ninguém conhecesse o vinho que iria ser provado. No final, as garrafas foram numeradas.
O Pedro Gaspar, outro profissional de gema (ou melhor, de Baco) idealizou uma ficha de prova, baseada num original da Infovini, que não deverá nada às existentes nos concursos mundiais de vinhos… A ficha foi acompanhada de uma roda de aromas para que os pouco conhecedores da matéria (no fundo, todos…) pudessem fazer um brilharete nas notas de prova. O sistema de classificação, idealizado pelo autor destas linhas em função dos conhecimentos vinícolas dos membros do painel, encontra-se mais à frente no texto após a ficha técnica da prova (que me desculpem este preciosismo técnico, mas há que manter uma certa postura profissional…).
Pretendeu-se que os vinhos provados traduzissem uma pequena amostra de vinhos de colheitas recentes na gama abaixo dos 4 euros (brancos) e 6 euros (tintos) que pudessem ser encontrados facilmente nas prateleiras dos supermercados. Apenas um vinho fugiu deste patamar de preços, no fundo para funcionar como um outsider e verificar se a um preço mais elevado corresponderia uma mais-valia qualitativa. Houve também um vinho da colheita de 2005 mas que apenas recentemente foi posto no mercado.
Começou-se pelos brancos, a que se seguiram os tintos. Os últimos vinhos em prova saíram um pouco prejudicados em termos da acuidade sensorial necessária para a função (relação distante com as cuspideiras…). No entanto, pode-se considerar que se conseguiu manter o quórum sensorial até ao fim da prova, pelo que os resultados do painel para os tintos não se deverão considerar (de todo) eivados de falta de rigor na análise efectuada.
O perfil dos paineleiros traduziu, em parte, o consumidor português de vinho, havendo desde aqueles que bebem vinho com alguma regularidade e conseguem (muito esforçadamente) descrever as sensações que o vinho lhes causa, até aos que (pelo menos até à realização do evento) apenas sabiam distinguir um vinho branco de um tinto…
Depois de todos os vinhos provados e avaliados, cada paineleiro revelou as suas impressões sobre cada vinho e as garrafas foram sendo destapadas. O vosso interlocutor elaborou uma ficha com as impressões globais sobre cada vinho e respectiva classificação média, e tomou a liberdade de escrever uma nota de prova que traduzisse o mais fielmente possível o parecer geral do painel (em mensagens posteriores neste blog aparecerão, também, as minhas notas pessoais sobre os vinhos provados). 
Quanto aos vinhos levados para a prova, um produtor se destacou pelo número de amostras: a Adega Cooperativa de Pegões. Um acaso? Creio que não. Para quem conhece minimamente o mundo dos vinhos sabe que esta adega tem muitos e bons vinhos na gama de preços objecto desta prova. Setúbal foi, portanto, a região mais representada. O Minho, Dão e Lisboa estiveram ausentes (uma pena) e o Algarve continua a banhos. Uma vez que a escolha dos vinhos foi deixada ao arbítrio de cada um, a ausência daquelas regiões foi meramente circunstancial. 
Uma conclusão a tirar deste evento é que o número de amostras em prova foi em demasia (como foi o primeiro evento do género para a maior parte dos convivas, a expectativa era grande e a vontade de provar também…). Como se disse em cima, os últimos vinhos em prova saíram um pouco prejudicados (os últimos tintos). Nesta altura já alguns membros do painel tinham as narinas e papilas gustativas saturadas de tanto aroma. Asseguro, no entanto, que a acuidade visual se manteve dentro dos limites requeridos e nenhum membro do painel revelou estar a beber um branco durante as provas dos tintos...
Vamos então aos resultados gerais. Relativamente aos brancos, nos dois primeiros lugares ficaram o Adega de Pegões Colheita Seleccionada 2009 e o Casa Cadaval Vinha Padre Pedro 2009, tendo o primeiro sido declarado vencedor por apresentar a melhor relação qualidade/preço. Uma pequena nota para o Singularis 2008 do Paulo Laureano, um vinho claramente não consensual, com grande disparidade de avaliações, com reflexos na nota final. Houve quem tivesse gostado do perfil do vinho (entre os mais connoseurs houve quem adiantasse que poderia tratar-se de um branco do Mário Sérgio Alves Nuno da Quinta das Bágeiras…) e outros que não gostaram mesmo nada. Como o nome do vinho sugeria, foi uma singularidade nos vinhos brancos provados. Nos tintos, um vencedor claro, o Adega de Pegões Alicante Bouschet 2008. Este foi o vinho com maior número de avaliações acima da média.
Para terminar, refira-se a boa qualidade geral dos vinhos tintos provados nesta gama de preço, o que muito alegra o consumidor. Nos brancos, as classificações foram mais medianas. Gostos menos vocacionados para brancos? Qualidade inferior nos brancos por comparação com os tintos para preços semelhantes? Ficam as questões para pensar. Passemos então às notas de prova e classificações, por ordem decrescente de apreciação global, que a prosa já vai longa...
                                                                                                                                                                               
Os Brancos
                                                                                                                                                                        

Adega de Pegões Colheita Seleccionada 2009 (Setúbal)
Feito com Arinto, Chardonnay e Antão Vaz. Cristalino, de cor citrina. Aroma com intensidade média-intensa a frutos tropicais, algum floral e notas abaunilhadas de barrica. Na boca, é equilibrado e harmonioso evidenciando a fruta branca, alguma untuosidade e notas de madeira. Termina com persistência média/longa. (12.5%) € 2.98; 14.5

Casa Cadaval Vinha Padre Pedro 2009 (Tejo)
Feito com Arinto e Viognier. Límpido, de cor citrina. Aroma de intensidade média a frutos de árvore (maçã, pêssego) e muitos tropicais (maracujá, ananás/abacaxi) e algum limão. Na boca, é harmonioso e de persistência média destacando-se a maçã verde, fruta branca mais madura e notas de ananás. (12.5%) € 3.50; 14.5

Fiúza Três Castas 2009 (Tejo)
Feito com Chardonnay, Arinto e Vital. Límpido, de cor citrina. Aromas simples de intensidade média com notas cítricas (lima/limão e tangerina), maçã e alguma fruta seca. Boca correcta de fruta branca (ameixa, marmelo), cítrica e algumas notas tropicais. Termina médio ao fruto. (13%) € 3.50; 13

Quinta do Encontro Bical 2009 (Bairrada)
Extreme de Bical. Cristalino, de cor citrina. Aromas simples de intensidade média com notas cítricas (limão, lima, toranja) e frutos tropicais. A boca é bastante semelhante ao nariz, num registo equilibrado mas pouco persistente. (12.5%) € 3.68; 13

Singularis by Paulo Laureano 2008 (Alentejo)
Feito com Antão Vaz e Arinto. Límpido e denso, de cor palha-dourado. Destacam-se os aromas a madeira, torrados e resinosos. A boca mantém o perfil, a que se acrescentam a pêra compotada e alguma manteiga num registo equilibrado e de persistência longa. (13.5%) € 6.99; 13

Os Tintos



Adega de Pegões Alicante Bouschet 2008 (Setúbal)
Extreme de Alicante Bouschet. Límpido, de cor vermelho-violeta e bastante espesso. Nariz bastante complexo e de grande intensidade a frutos vermelhos, fumados e nuances balsâmicas. Encorpado, a boca sugere bagas silvestres, tostados, algum vegetal e cacau, envolvidos harmoniosamente e de persistência muito longa. (14%) € 4.74; 17

Serra Mãe Reserva 2005 (Setúbal)
Feito com Castelão. Límpido, de cor rubi e boa densidade. Aroma intenso e complexo a flores, bagas, tosta de madeira e algum iodo. A boca traduz fielmente os aromas do nariz, num todo harmonioso e de persistência média/longa com alguma secura final. (13.5%) € 4.30; 16

Cabeça de Toiro Reserva 2007 (Tejo)
Feito com Touriga Nacional e Castelão. Límpido, espesso, de cor vermelho-violeta. Aroma intenso e complexo sugerindo notas florais, mato e especiados de barrica (baunilha). A boca acompanha o nariz, a que se acrescentam a fruta vermelha madura e os tostados, envolvidos de forma harmoniosa e de persistência bastante longa. (13.5%) € 4.99; 16

Caves de Pegões Castelão/Syrah 2008 (Setúbal)
Límpido, alguma densidade e cor vermelho-violeta. Aroma vivo a frutos silvestres maduros, notas de baunilha e um fundo floral. A boca apresenta-se equilibrada, com algumas notas vegetais e tostados de barrica. De persistência longa, apresenta alguma secura final. (13.5%) € 3.99; 15

Adega de Pegões Colheita Seleccionada 2007 (Setúbal)

Feito com Touriga Nacional, Trincadeira, Cabernet Sauvignon e Syrah. Límpido, alguma densidade e cor rubi-acastanhada. Aroma complexo de média intensidade que sugere bagas, especiarias (baunilha), chocolate, algum floral e notas vegetais. A boca retrata na perfeição os aromas do nariz num todo correcto e de persistência longa. (13.5%) € 5.99; 14.5

Castelinho 2008 (Douro)
Castas não disponíveis. Límpido, alguma densidade e cor rubi aberta. Aroma simples mas intensas a fruta vermelha, notas fumadas e algum químico (alcatrão, iodo). A boca apresenta-se algo linear, simples com as notas do nariz e persistência média com alguma adstringência. (13%) € 3.80; 14


Ficha técnica da prova

Tipo de vinho: Branco (até  € 4) e Tinto (até € 6) com a excepção referida no texto.
Tipo de prova: Cega
Região de origem: Várias
Ano de colheita: Branco (2009 c/ uma excepção, 2008); Tinto (2005, 2007, 2008)
Copos utilizados: Muito adequados
Painel de prova: Homens (6) e mulheres (5), equilibrado em género e sem necessidade de quotas
Condições de prova: Óptimas (tirando a atenção que era preciso dar, por vezes, à pequenada), sala simpática, vinhos à temperatura correcta
Sistema de refrigeração: Mangas refrigeradas, alguidar com água e gelo
Número de amostras provadas: 11 (5 brancos, 6 tintos)
Número de amostras com defeito: 0
Água: San Pellegrino


Sistema de Classificação

Negativo: defeituoso, desequilibrado, não gostei nada
Abaixo da média (10-11 valores): neutro, sem defeitos nem virtudes, beber isto ou cerveja, que venha a última que está mais fresquinha
Médio (12-13 valores): correcto, sem pretensões, com meia dúzia de cachos das minhas videiras conseguia fazer melhor que isto
Bom (14-15 valores): Bem feito, dá um certo prazer beber, gostei
Muito Bom (16-17 valores): Complexo, com personalidade, gostei bastante
Excelente (18-19 valores): Grande categoria, que pomada!...
Impressionante (20 valores): Parem as rotativas!...; Estou a ter um orgasmo múltiplo. Que vinho é este!???...

domingo, 11 de julho de 2010

Contacto Alvarinho 2008 (Branco)

Região: Verde
Produtor: Anselmo Mendes Vinhos, Lda
Castas: Alvarinho
Custo: € 8,75-11,00
Álcool: 13%
Vertido na folha: Amarelo vivo. Sobrelevam-se as notas minerais, com aromas citrinos, tropicais e ligeiro tostado. A boca é muito fresca, estruturada, algum fumado e acidez a segurar um conjunto muito complexo e apelativo. O contacto do mosto com a película das uvas resultou num vinho de muito boa complexidade a que se somou o saber do enólogo em fazer grandes Alvarinhos. A versão de 2009 já está à venda e é mais cara nas grandes superfícies. Apreciado em Julho de 2010.

sábado, 10 de julho de 2010

Graham's LBV 2005 (Porto)

Região: Porto
Produtor: Symington Family Estates
Castas: Várias
Custo: € 9,90-15,00
Álcool: 19,5º
Vertido na folha: Rubi fechado. Aroma intenso a fruta vermelha, ligeiro apimentado e fundo achocolatado. Na boca, o vinho é envolvente, surgindo as notas de ginja, terminando fresco e persistente. Casa perfeitamente com chocolate preto. Apreciado em Junho de 2010.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Bacalhôa Moscatel de Setúbal Colheita 2003

Região: Moscatel de Setúbal
Produtor: Bacalhôa Vinhos de Portugal
Castas: Moscatel de Setúbal
Custo: 4,00-5,00 €
Álcool: 17,5º
Vertido na folha: Laranja ambarino. Aroma dominado pelas notas de casca de laranja cristalizada, algum floral e notas caramelizadas. Muito fresco na boca, com fruto seco, alguma ambivalência doce/seco, o final é meloso e complexo permanecendo um toque agradável a alperce e caramelo. Aposta sempre segura em moscatéis de entrada de gama a um preço muito sensato. Apreciado em Junho de 2010.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Muros Antigos Alvarinho 2008 (Branco)

Região: Verde
Produtor: Anselmo Mendes Vinhos, Lda
Castas: Alvarinho
Custo: € 8,00-9,00
Álcool: 13,0%
Vertido na folha: Amarelo com laivos dourados. Mineral, cítrico e perfumado a flores e fruto (alperce, maracujá). Boca cheia, untuosa, com fruta generosa e grande frescura. Final persistente e bastante elegante. Óptimo Alvarinho, consistente de colheita a colheita e (ainda) imune a preço excessivo para esta qualidade, ou talvez não... (já vi a versão de 2009 a mais de 11 euros no Jumbo...). Apreciado em Junho de 2010.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Fonte das Moças Reserva 2004 (Tinto)

Região: Lisboa
Produtor: João Melícias Unipessoal
Castas: Touriga Nacional, Touriga Franca, Syrah, Cabernet Sauvignon
Custo: € 8,00
Álcool: 14,0º
Vertido na folha: Muito escuro, a idade ainda não se manifestou significativamente na cor. Algo fechado, abre com arejamento mostrando fruta madura vermelha, vegetal seco e algum fumo. Bom volume de boca, as notas pimentadas do Cabernet sobrepõem-se no primeiro impacto, surgindo depois a fruta e alguma rugosidade num final de boca longo, especiado e com notas de tabaco. Decantação obrigatória. Passados estes anos, o vinho continua a dar uma óptima prova e ainda está bem vivo para aguentar bastante mais tempo… Inicialmente produzido pela Agrovitis, o vinho pode agora ser comprado directamente ao enólogo/produtor João Melícias que ficou com a marca após saída da empresa. Foi avaliado com medalha de ouro no Concurso Nacional dos Vinhos Engarrafados 2007. Apreciado em Junho de 2010.