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A
colheita de 2009 esperou 7 anos e a de 2010 6 anos na cave à espera de ver a
luz do dia. Quanto à cor não podiam ser mais diferentes. O 2010 bem mais
evoluído com notas douradas e o 2009 conserva ainda uma cor mais ligeira,
típica dos vinhos mais novos. Quanto ao aroma o 2010 apresenta notas de clara
evolução, com nuances de marmelo, maçã reineta assada, fundo cítrico e
afloramentos doces. O 2009 tem maior pendor citrino, com notas de vegetal
verde, mais sóbrio e circunspecto. Na boca, o 2009 entra de forma aveludada,
revela muita elegância, com bom equilíbrio, amplitude média/alta, boa percepção
de acidez, termina com excelente comprimento. O 2010 apresenta-se com paladar
mais sucroso, com uma entrada um pouco mais neutra mas revela-se pouco tempo
depois com um pouco mais de garra que o 2009, apresentando boas notas amargas
no final de boca, despedindo-se em diálogo doce/amargo. Em suma, o 2009
apresenta-se mais linear, fresco e sóbrio e estará para durar; o 2010 passa
pela boca em jeito de montanha-russa, sendo um pouco mais “pesado”. Faça a sua
escolha. O 2010 evoluiu bem mais rapidamente que o 2009. Pelo que me recordo, o
ano não conferiu muita acidez aos vinhos um pouco por todo o lado. Os brancos
provados deste ano tinham uma elevada percepção de açúcar residual. Estará aqui
uma das razões para a maior evolução deste vinho?
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